Hipertensão

Hipertensão em idosos: saiba como cuidar melhor da saúde na terceira idade

hipertensão em idosos

Com o avanço da idade é comum que a pressão arterial aumente e, por esse motivo, sua maior prevalência ocorre na terceira idade. atingindo 2/3 dos indivíduos com 65 anos ou mais. Em qualquer momento da vida, assim que identificada, a hipertensão arterial deve ser tratada e controlada, pois ela representa um grande fator de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC) e infarto.

Em geral, essa alteração ocorre de forma lenta e gradual e não provoca sintomas, exceto quando há uma elevação súbita. O seu diagnóstico é realizado por meio da medida da pressão arterial (PA), sendo considerado hipertenso aquele indivíduo com valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg ou 135/85 mmHg na medida residencial da PA.

Neste artigo, vamos comentar sobre a hipertensão em idosos e as formas de melhorar a saúde na terceira idade e afastar os riscos de doenças ligadas à elevação da pressão arterial. Continue lendo para saber mais!

Quais são as consequências da hipertensão

As principais causas da hipertensão em idosos

Com o processo de envelhecimento natural, algumas substâncias, como resíduos de cálcio, vão se depositando nos vasos sanguíneos, deixando-os mais estreitos e endurecidos. Isso leva à uma diminuição da elasticidade arterial e consequente aumento da PA no seu interior.

Outro fator relacionado com o aumento da pressão arterial são alterações que ocorrem nos rins. Quando, por qualquer motivo, há uma redução de quantidade de sangue recebida (por placas obstrutivas) ou um aumento na pressão nas artérias renais, eles passam a liberar substâncias que provocam a retenção de água e sal no organismo, contribuindo para o aumento nos níveis pressóricos. Com isso, inicia-se um ciclo que retroalimenta o dano nos rins, coração e o cérebro.

As condições pré-diabéticas, a obesidade e o estresse também podem provocar a hipertensão arterial (HA). No paciente diabético pode ocorrer uma descarga maior de insulina, liberando algumas substâncias que agem no cérebro e elevam a absorção do sal pelos rins, aumentando a pressão arterial.

Além disso, lesões na camada interna que reveste os vasos (endotélio), que são provocadas por alcoolismo, diabetes e menopausa, também são prevalentes na terceira idade, predispondo à hipertensão.

Como ocorre o aumento da pressão na terceira idade

A hipertensão ocorre devido ao aumento da pressão do sangue no interior das artérias, ficando, dessa forma, acima dos valores que são considerados seguros e normais. As artérias (vasos) levam o sangue oxigenado e com nutrientes do coração para todas as células de todo o organismo.

Esse movimento mais intenso pode exigir mais trabalho do coração, provocando modificações em suas estruturas e alterando a parede das artérias, deixando-as mais estreitas e contribuindo para a formação de depósitos de gorduras.

Embora seja comum as pessoas comentarem sobre sintomas, como dor na nuca, pontos luminosos que alteram a visão e dor de cabeça, a pressão alta, em geral, é descoberta em consultas médicas por algum outro motivo. O fato é que, na terceira idade, principalmente a partir dos 60 anos, há uma forte tendência para o aumento da pressão. Por esse motivo, é importante observar alguns cuidados essenciais nessa fase da vida.

Os cuidados essenciais da saúde na terceira idade

Para manter a pressão arterial sob controle, não basta tomar remédios e se consultar com o médico eventualmente. É muito importante adotar atitudes e ter alguns cuidados específicos para garantir a qualidade de vida na terceira idade. Veja, a seguir, algumas dicas nesse sentido.

Utilize a medicação conforme recomendação médica

A pessoa hipertensa jamais deve deixar de tomar a medicação prescrita. O cuidado precisa ser contínuo, não podendo ser interrompido sem orientação médica. Muitas pessoas abandonam o tratamento quando começam a se sentirem melhores e isso é um erro grave, pois a maioria dos casos de emergências envolvendo o AVC e o infarto ocorre devido à interrupção da medicação.

Pratique exercícios físicos

Sabemos que a prática de exercícios físicos, principalmente os aeróbicos, quando feitos com regularidade, são extremamente benéficos à saúde. Após a atividade ocorre uma dilatação e relaxamento dos vasos sanguíneos, que nos idosos hipertensos são mais estreitos e endurecidos. Com a repetição diária da atividade, a pressão arterial diminui por causa da manutenção da vasodilatação.

Com a melhora na circulação sanguínea, todo o organismo se beneficia. Os exercícios também ajudam na perda de peso, contribuindo para a redução da pressão arterial, na glicemia e no colesterol. Nos pacientes diabéticos ocorre uma queda nas taxas de glicemia, o que ajuda na manutenção da saúde cardiovascular.

Mantenha uma alimentação saudável

É fundamental evitar os alimentos industrializados e os embutidos, pois eles carregam altas doses de gordura e sódio. Dessa forma, a alimentação deve ser a mais saudável e natural possível, com o consumo regular de frutas, verduras, legumes, oleaginosas, cereais, laticínios desnatados, azeites, óleos vegetais, carnes magras e peixes.

Também é importante ficar atento às embalagens, optando por produtos com pouco teor de sódio. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade diária máxima de sal é de uma colher de chá, equivalendo a 5 g, para as pessoas que não apresentam problemas de saúde.

Para controlar o consumo de sal, uma das melhores maneiras é a preparação de alimentos com temperos naturais livres de sódio, como orégano, ervas finas, alho, mostarda em pó e pimenta. Outros cuidados incluem evitar congelados, temperos prontos e não deixar o saleiro na mesa.

Evite o tabagismo

O tabagismo também está relacionado a um aumento considerável da pressão e problemas cardiovasculares. O motivo para essas alterações no organismo é que o fumo piora a constrição dos vasos e formação de placas de aterosclerose, potencializando a ocorrência de infarto.

Modere o consumo de bebidas alcoólicas

A ingestão de bebidas alcoólicas é uma das principais causas do aumento no número de doenças crônicas não transmissíveis. Quando ingeridas em excesso, elevam a pressão arterial e aumentam consideravelmente a possibilidade de AVC ou infarto. Por esse motivo, os homens devem limitar o seu consumo diário de álcool para duas doses e as mulheres, bem como pessoas de baixo peso, uma dose.

Para uma noção de quantidade, é importante considerar que uma dose contém cerca de 14 g de etanol, equivalendo a 45 ml de bebida destilada, 150 ml de vinho e 350 ml de cerveja.

Faça um acompanhamento médico periódico

O acompanhamento médico é um dos cuidados mais importantes para o idoso hipertenso, principalmente quando a pressão arterial não estiver sob controle, quando o paciente deve retornar ao médico mensalmente para uma avaliação.

Quando há dúvidas em relação ao horário em que a pressão aumenta ou se ela realmente está alta, é possível obter uma verificação mais apurada por meio de equipamentos que fazem o monitoramento, como o MRPA (Monitorização Residencial da Pressão Arterial), que permite medições diárias feitas em casa ou a MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial) para verificar as variações da pressão.

Utilize um monitor de pressão arterial

Atualmente, há opções de aparelhos para monitorar a pressão arterial em casa, de forma mais confortável. Essa é uma excelente maneira de acompanhar as possíveis alterações por meio de medições feitas pelo próprio paciente.

Alguns contam até com um sistema de memória das medições, possibilitando que a pessoa tenha informações organizadas para uma consulta de retorno com o médico.

Como vimos, a hipertensão em idosos deve ser controlada logo que for identificada, já que ela é um fator de risco para doenças cardiovasculares, como o infarto e o AVC. Nesse sentido, é importante adotar medidas, como as que comentamos, para cuidar melhor da saúde na terceira idade e garantir a qualidade de vida.

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